Looping

Não saber aonde ir, há algum lugar para ir?

Se houver, não há escolha, está definido. Se não houver, o fim é obrigatório.

Um dia serei expulso, não me perguntarão se quero ficar.

Quando decido ir por minha conta, sem saber para onde, também estou errado.

Até morrer é obediência!

Não posso escolher continuar, não posso escolher ir embora pois depois não sei onde vou chegar, se chegar!

Se pecado é querer escolher, submissão é virtude.

O paraíso cobra grilhões, dor e esperança.

Sísifo esteve lá e quis voltar, ninguém tem esse direito. Pagou o preço de uma vida sem sentido!

Precisou conhecer dois mundos para perceber o que nunca percebemos, justamente por acreditar que o sentido sempre está onde não estamos e que, portanto, só podemos imaginar.

Descobriu a cada subida que o sentido é a falta de sentido.

Se faço o que quero, sou escravo do que quero. Se faço o que não quero, sou escravo do que “deve ser feito”.

Se existir mesmo outra estrada, começa onde essa termina. Também não há lugar para chegar. Estradas não conectam nada, levam de uma falta de sentido para outro.

Se não há nada concreto, o que sobra?

A paisagem e a intensidade da eterna despedida da vida sempre inédita; alegria que faz esquecer!

Saber-se viajando. As indicações do caminho só mostram o que não poderemos ver a cada direita ou esquerda escolhida.

Pensar é perceber o que não se sabe.

Se não sei, só posso criar. Mas até isso não é meu!

No fim, começo!

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