A questão da ESPERANÇA
PARA SER GRANDE, SÊ INTEIRO…
SÊ TODO EM CADA COISA…
PÕE QUANTO ÉS NO MÍNIMO QUE FAZES.
ASSIM EM CADA LAGO A LUA TODA BRILHA
PORQUE ALTA VIVE.
Fernando Pessoa
A esperança é tratada ou pensada pela maioria das pessoas como uma qualidade que devemos desenvolver, um predicado daquele que nunca deixa de acreditar que seu desejo se realize. Mas seria a esperança uma qualidade ou um defeito?
Parece que não se discute que a palavra esperança tem sua raiz em “esperar”, passando a idéia de algum ato passivo, desvinculado de ação. Sabemos bem o efeito que causa essa palavra dita, por exemplo, por um médico: “Não devemos perder a esperança…” nessa hora temos a percepção de uma sentença definitiva, irrevogável; sentimos que estamos sendo preparados para o pior.
Outros têm a esperança que suas vidas possam mudar, seja por um golpe de sorte, esperando que o improvável aconteça, seja no aspecto familiar, profissional ou afetivo. Não sei quem foi que disse que o impossível às vezes pode até acontecer, mais o improvável nunca acontece. Pura verdade, pelo menos, no meu ponto de vista. Minha experiência mostra que realmente esperamos o improvável, mas o que faz mal é que ao tomarmos essa posição, “entregamos os pontos” em relação as nossas atitudes para fazer acontecer, desistimos voltando nossa expectativa para que um milagre aconteça.
Conta-nos a mitologia grega que Zeus, rei dos deuses, ficou descontente com a obra de Prometeu; ele havia criado o Homem amassando barro, contando com a ajuda de Atena que teria insuflado alma e vida. Para vingar-se enviou Pandora, uma linda mulher, que trouxe consigo um baú onde estavam colocados todos os defeitos humanos. Ao abrir a caixa, recebemos o egoísmo, a maldade, a inveja, etc. Porém, Prometeu conseguiu fechar esse baú antes do último defeito sair, e esse defeito era a esperança. Nossa imagem ilustrativa relata esse momento, e adorna a 17ª lâmina do Tarô mitológico, que leva o nome de “A Estrela”.
O ensinamento dessa estória era justamente demonstrar que a esperança é considerada um defeito na medida em que simplesmente desisto, seja do que for, abandonando a luta, aceitando a derrota sem reagir mais. O que precisamos, apesar de parecer tudo perdido, é acreditar que uma mínima luz do final do túnel é suficiente para que continuemos a lutar pelo que queremos e objetivamos.
Não conheço nenhuma história de crescimento pessoal que tenha ocorrido sem uma vitória sobre o medo, em momentos em que tudo parecia perdido, arriscando-se tudo! Sempre penso que nesses momentos cruciais, a vitória não veio da esperança, veio da confiança, na fé em si mesmo!
Portanto sugiro que, a partir de hoje, reveja seu conceito sobre a esperança e lembre que tudo sempre será resultado das ações anteriores e mesmo que não aconteça o esperado, a luta e o empenho com certeza o tornaram mais forte e valerá muito, logo, logo ali na frente. Afinal nosso “jogo” dá é com a vida, tem ainda muito tempo pela frente e está realmente longe de acabar…
Não “espere” mais!
*Nesse último final de semana estive em Joinville no Instituto de Parapsicologia ministrando um curso de numerologia. Foi uma experiência gratificante, onde tive a oportunidade de estar com um grupo de pessoas interessadas no progresso humano e em se “armar” de recursos para participarem do seu crescimento e dos demais. Como estou em viagem, prometo para a semana que vem a foto dos novos numerólogos.