“É preciso fechar os olhos
e conjurar uma nova forma de ver (…)
um despertar que é direito inato de todos nós,
embora poucos deles façam uso.”
Plotino
O filósofo que viveu nos anos 200 D.C. já estava preocupado com a possibilidade da existência de uma nova “realidade” além daquela que nossa usual interpretação oferece. Conta-nos a história que ele esteve na Índia e é de lá, imagino, que tenha surgido essa preocupação.
Seu verso presta-se a uma vasta interpretação, mas para não alongarmos, poderemos dividi-lo em partes:
É preciso fechar os olhos… não há melhor maneira de iniciarmos essa busca do que esse “olhar”para dentro. Só assim podemos nos dar conta do que pensamos a cada segundo, sem controle, vagando em pensamentos e sensações negativas que turvam completamente nossa interpretação da realidade.
e conjurar uma nova forma de ver… como seria essa nova forma de “ver” se nos afastássemos dos nossos condicionamentos e de nossa educação (domesticação)? Talvez fosse como o olhar da criança que fica pasma com a realidade, antes, é claro, de que lhe digam o que é que ela está vendo. Fernando Pessoa nos convida a não pensar para ver, nada mais perfeito!
um despertar que é direito inato de todos nós… esse despertar que é nosso direito é também nossa responsabilidade evolutiva. Segundo Aristóteles “mais valente é o homem que vence os próprios desejos que aquele que vence os inimigos, pois a vitória mais difícil é a vitória sobre si mesmo”. Temos medo de assumir nossa evolução por que não queremos assumir a responsabilidade!
embora poucos deles façam uso… afinal quantos sabem que essa mudança é possível? Dos que sabem, quantos tem a ousadia de buscá-la?
Caso o caro leitor tenha essa coragem, convido-o a primeiro manter uma estreita atenção sobre si, seus pensamentos e reações. Busque nem que seja por poucos minutos alguma introspecção e procure manter-se presente de “corpo e alma” em tudo que esteja fazendo. Traga-se de “volta” quantas vezes seja necessário.
A diferença básica entre a psicologia ocidental e a oriental é que a primeira diz que a atenção não pode ser mantida e a segunda diz que pode e deve ser mantida, se pleitearmos amadurecer além dos limites tradicionais de desenvolvimento da consciência.
Quer arriscar-se?
Eduardo!
Parabéns pelo novo site. Ficou show!
acho que entendi a lição do bolo de chocolate e o de abacaxi .quanto mais buscar menos vai encontrar.
“uma certa vez um jovem procurou um mestre de esgrima queria aprender a arte da espada então ele perguntou para o mestre:
-mestre quanto tempo vou demorar para aprender a arte da espada.
-10 anos .
respondeu o mestre
– mas mestre e se eu me dedicar 24 horas todos os dias quanto tempo eu vou demorar
-bom se você se dedicar tanto ai vai demorar 30 anos .
quanto mais você buscar uma coisa menos vai encontrar.”
tenho que me preocupar em viver, experimentar em curtir cada momento estando presente o resto é consequência. a consciência vai ampliando no tempo certo.
Aprendemos errado e confundimos atitudes de querer algo com ansiedade e sua história mostra bem isso.
grato pelo comentário!
O que me marcou profundamente, foi o “ritual” no final da última aula de Autoconhecimento I. Foi-se queimando aos poucos e no final foi tudo para o fogo. Isso para mim foi a primeira semente no meu terreno morto como adubo. O medo antigo começa a se dissipar, sinto isso, e o novo vai para uma aventura de cada momento envolvido, é claro, com uma nuvem de insegurança e incerteza e isto se torna uma bisca por novas forças que vejo no combustível do seu blogue. Obrigado Eduardo.
O importante é esse estar disposto…precisa uma coragem interna, parabéns!